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Sobre doença e educação

UM CAMINHO...: PESSOA SEM EDUCAÇÃO

Normalmente, sentimos dor quando estamos doentes.
O que tendemos a fazer é cuidar da dor. Tomamos um analgésico.
Algum tempo depois, a dor volta. E tomamos mais analgésico.
Mais algum tempo depois, começa a doer em outro lugar. Aumentamos a dose de analgésico ou trocamos o remédio para parar de sentir a dor - ou as dores.
Quando procuramos o médico, ele precisa fazer duas coisas:
A primeira é continuar tratando da dor, mas de forma mais adequada.
A segunda e mais importante é investigar a causa da dor e tratar essa causa.

Uma vez que a origem do problema é encontrado e devidamente tratado, as dores param!

Com o nosso país é igual.
Temos dores na educação, saúde, na segurança, nas estradas...
Não preciso enumerar todas as nossas mazelas aqui.
Primeiro, nós conhecemos bem tudo isso.
Depois, são tantas que talvez não haja tempo.

Estamos vivenciando um momento em que o Brasil está doente.
Precisamos cuidar de nossas dores: do sistema de saúde falido, da segurança desacreditada, do trabalho escasso, das estradas ruins, da corrupção na política e por toda parte.

Mas tem uma dor que é muito importante. Aquela que indica a origem de todas as outras dores.

Estou convencido que a doença do Brasil é o nosso sistema de educação básica e fundamental.

Se não há educação, o aluno não se comporta; o professor não ensina; o policial fica mais violento; o médico não faz um bom atendimento; o tesoureiro não registra corretamente; o atendente não atende como deve; o político não tomas decisões para o povo; o empresário perde seus limites...

O cidadão deixa de ser cidadão e passa a agir pelo instinto!
E, como animais que somos, vamos priorizar nossa sobrevivência!

Se não há educação, as pessoas não respeitam outras pessoas; não respeitam o estado; não respeitam nada nem ninguém. Se não há respeito, não há confiança, que gera insegurança e faz com que a competição cresça.

O caos começou com a falta de educação.
É a vitamina que nos falta agora.

Não é instrução. Não é educação "técnica". Não é matemática, ciências ou geografia.
É bom dia, boa tarde, boa noite. É desculpe. É por favor.
É educação para sermos humanos.

Quando o Brasil começar a investir em educação, as outras dores irão desaparecendo aos poucos e as medidas paliativas vão deixar de serem necessárias.

Com educação das nossas crianças agora, quando elas se tornarem adultas, terão melhor entendimento do que é certo e errado. E poderão melhorar, ainda mais, a educação de seus filhos, nossos netos. E, de geração em geração, até que haja amplo e real entendimento do que é viver em comunidade.

Junto com a educação, a confiança voltará; a segurança voltará; a saúde voltará; e a honestidade voltará. E teremos um país melhor.

Não sou tão inocente para acreditar que todas as pessoas serão 100% honestas. Sei que esse cenário beira a utopia. Mas alguns países que investiram em educação saíram de situações equivalentes em poucas gerações.


PRECISAMOS investir em educação básica.
PRECISAMOS valorizar nossos professores.
PRECISAMOS providenciar escolas ADEQUADAS para nossas crianças.
PRECISAMOS, cada um de nós, fazer o que pudermos para ajudar nossas crianças.

PRECISAMOS EDUCAR PARA SERMOS MAIS HUMANOS.

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