Eu me formei em Engenharia de Telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense. Depois, ainda fiz mestrado também em Engenharia de Telecomunicações e também na UFF.
Tenho MUITO orgulho de ter feito engenharia na UFF.
Apesar de ter vontade de fazer um curso de Doutorado, nunca consegui reunir força suficiente. Não foi culpa da vida, do trabalho, da família. Fui eu mesmo que não priorizei isso, por um motivo ou por outro. - Entenderam que a vontade continua, né?
Depois de cerca de 15 anos formado e trabalhando, eu decidi fazer um MBA em Inteligência de Mercado, mais conhecido pelo nome em inglês Business Inteligence. Chique, né?
Comecei uma pós graduação - FALANDO BAIXINHO E MEIO ENROLADO - à distância na faculdade descomplica.
Não entenderam?
REPETIR BAIXINHO E MEIO ENROLADO - pós graduação à distância na faculdade descomplica.
Pois é... A distância. Num lugar que praticamente só existe na Internet. Numa escola que até "ontem mesmo" era só um curso pré vestibular ... PAUSA DRAMÁTICA ... à distância.
Eu sempre fui bem preconceituoso com isso.
Faculdade federal vs faculdade particular? Federal é melhor, claro!
Tirando a PUC, o resto é comércio! - Desculpem, não perco piadas.
CLARO que é um exagero e uma injustiça dizer que são todas iguais.
Até tem umas que é só comércio mesmo. De vez em quando dá até notícia em jornal.
Enfim, eu queria (e precisava) me atualizar e mesmo tendo esse preconceito todo e até um pouco de vergonha (confesso) me matriculei.
Afinal, a pandemia provou que quase tudo pode ser BEM feito à distância.
Muito bem.
Escolhi estudar à noite. Depois do trabalho, depois de algum exercício ou de tomar banho e relaxar no sofá por uns momentos. Mas claro, que que poderia pular um dia. Ou também ficar estudando até mais tarde em noites que a insônia me ataca.
Tudo super flexível. E SEM DESLOCAMENTO! SEM TRÂNSITO!
Já "de cara" a primeira disciplina, gestão do tempo, foi com um professor que, de fato, aplica o que ensina.
Orientação direta e prática. Nada de teorização e "masturbação mental". Só ferramentas e métodos práticos, 100% aplicáveis na nossa vida pessoal e profissional.
Também achei que o professor falava um pouco devagar. Resolvi acelerando o vídeo para 1.25x.
Na segunda disciplina o professor foi Clóvis de Barros Filho.
Ele fala mais devagar ainda, então "acelerei o play" para 1,5x. :-)
Caramba!! Quando eu teria a oportunidade de ter aulas com uma pessoa desse "porte" numa sala de aula tradicional? E se tivesse, quanto seria a mensalidade dessa pós graduação?
Então, curiosamente, numa aula sobre estarmos focados e presentes nas atividades que nos propomos a fazer, foi justamente a aula em que minha mente mais divagou!
Sabem o que eu fiz? Voltei uns 2 ou 3 minutos no vídeo. Problema resolvido.
Eu deveria estar 100% de corpo e alma (corpo e mente) dedicados aquela aula. Mas foi quando eu comecei a pensar nessas coisas que eu estou escrevendo agora.
Esperei o vídeo da aula acabar (mais uns poucos minutos) e me pus a escrever. Quando acabar vou almoçar.
E está aí mais uma vantagem. Eu havia dito que ia estuar na parte da noite. Mas agora, é exatamente meio dia e meia do domingo de carnaval. - Calma. Não me julguem por isso. Estou numa situação que me impede de estar na praia comendo peixe frito e tomando uma cerveja. Então, resolvi adiantar os estudos.
Até agora, só estou experimentando vantagens do ensino à distância. O resto é só preconceito.
Notem, não estou ouvindo falar; Estou EXPERIMENTANDO.
Nesse momento, comecei lembrar de algumas situações que eu vivi na minha tão amada Universidade Federal de Engenharia.
Eu tive "aulas" (se é que podemos chamar assim) com um professor que fumava charuto dentro de sala. E parecia que ele só queria vender o livro que ele escreveu.
Outro professor mal conseguia segurar o giz. - Sim, giz, aquele pó branco compactado. Algumas pessoas que estão lendo talvez nem saibam o que é o giz. - Ele não conseguia falar sobre o assunto da sua matéria. Todos passaram com 8 ou 10 nessa disciplina.
Tive um professor muito inteligente, mas era estrangeiro. Eu não conseguia entender o que ele falava. Sofri pra passar nessa disciplina.
A maioria dos laboratórios eram precários. No laboratório de redes externas eu entrei uma ou duas vezes. O professor mostrou alguns equipamentos e cabos. E pronto!
Claro que eu tive professores excelentes lá. Alguns até viraram amigos pessoais.
Mas, no fim das contas, eu só aprendi o que eu quis aprender. O que realmente me interessava.
Mesmo quando o professor era ruim, nós corríamos atrás de livros ou até de outros colegas, e aprendíamos.
O que não interessava, dávamos um jeito de fazer a prova e passar. Só isso.
Pois é. A gente muda de opinião.
Estou começando a derrubar alguns preconceitos que eu tinha. E estou vendo coisas que eu não queria enxergar também.
Que bom que eu me permiti experimentar uma coisa que eu achava ser ruim. Grata surpresa.
No fim das contas, independente do formato que se apresenta, acho que a educação ganhou.
Por isso, se você ainda tem algum preconceito, dá uma chance pro ensino à distância e clica nesse link aqui.
Comentários
Postar um comentário